quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Verdadeira Lenda da Perola Perdida - Parte III




A pirata correu até a cabine, não sabia porque mas tinha certeza que ia encontrar algo importante lá... passou pelos seus homens que terminavam de amarrar os últimos inimigos, os mais espertos talvez ficassem com vida quando voltasse, os idiotas, esses iriam morrer com certeza...

Abriu a porta da cabine de supetão e viu o carcamano de pé e tremendo diante do seu olhar...

_ Sabia que era um idiota Strondo, mas se esconder na cabine, é burrice demais. Vai ser corajoso uma vez na vida e afundar com seu navio como um bom capitão?

_ Ah não, não Bucaneira, estou aqui para te oferecer um acordo...

Erguendo a sombrancelha esquerda Dill fez um gesto para que o homem continuasse...

_ Bem, como pode ver eu tenho muitas joias aqui.

Dill não olhou em volta como ele queria simplesmente sorriu e disse:

_ Errado Strondo... como já deve saber, seu navio esta tomado portanto, as joias são minhas, logo... não tem o que oferecer...

_ Não, não, não entendeu... eu não estou a te oferecer minh... Suas joias, estou te oferecendo a chance de conseguir mais...

_ Hum, interessante continue...

_ Er... er... existe uma sociedade, somos conhecidos como A Jangada da Morte...

_ Hum... Strondo o que é aquilo?

_ Aquilo? O que? – disse o pirata seguindo o olhar da bucaneira... Em seguida engoliu em seco, ela não devia ter visto isso ainda, não antes de ele explicar, ele suspirou quando ela apontou a espada para o livro pedindo que ele a pegasse... depois de entregar a ela viu a expressão não muito surpresa dela, não que ela se surpreendesse com frequência...

_ Magia negra para viagens longas... – leu princesa pirata em voz alta em seguida o olhou nos olhos. – Strtondo, isso não é ideia sua, quem tem mexido com magia negra? Quem é seu cumplice nisso?

_ Ahahahah vai dar uma de moralista Dill, não vem, você estava interessada em conseguir mais pedras não é? É assim que as consigo... A magia negra é pra passar pelos buracos negros...

_ Estão invadindo os reinos das Pedras...

_ Sim, detrás de cada buraco negro...

_ Hum... você é um idiota... Rubis, jades, perolas.... – foi quando ao observar a sala a bucaneira a viu, uma perola que parecia ser furta-cor, muito estranho, sua mae iria adorar mas por mais cruel que pudesse ser não daria o coração de outra pessoa de presente a sua mãe... ela iria mata-la se descobrisse... – E aquela ali? Apontou para a joia que lhe chamou a atenção...

_ Ah aquela roubei de uns mergulhadores aqui mesmo... Parece magica não é?

_ E eu aposto que é...

_Então Dill, quer participar, posso te levar até os grandes que acha?

_ Qual os nomes deles?

_ Só conheço dois, Rustin Tenebroso e Jack Dark...

_ Um é estrangeiro?

_ Não, acho que ele queria se sentir mais cruel com um nome desses...

_ Ridículo...

_ É não é... mas sabe de uma coisa querida Dill...

_ Strondo...

_ Hã..

_ Cala a boca! – quando o homem abriu a boca pelo susto da frase áspera tao repentina, Dill fincou-lhe a espada por ela com tanta força que atravessou-lhe e o prendeu na parede da cabine, em seguida Chakal entrou e assoviando disse:

_ Que ele te fez pra morrer desse jeito? Quanto tesouro... acho que posso comprar uma ilha com minha parte...

_ Não Chakal, só uma joia sairá daqui, o resto são joias de sangue...

Chakal ficou pálido derrepente, e uma lagrima correu de seus olhos...

_ Tantas vidas... – ele disse – todas perdidas... o que fará senhorita Dill...

_ vão ser sepultados pelo mar, Chakal, um funeral digno de um grande pirata, não sei que eram, mas sei que se fizessem isso no meu reino morreriam todos.

_ Sim, tem razão Senhorita Dill um funeral... mas acho melhor que seja um funeral viking, fui viking por algum tempo... pelo menos ninguém mais vai encontra-los e usa-los para enfeites.

_ Sim tem razão Chakal, será um funeral viking, traga o rum do Strondo, deve ser horrível mesmo... junte toda a pólvora também e queime tudo.

Dill pegou a perola que lhe tinha intrigado, por vezes alva, por vezes vermelha e enfim negra a joia mudava de cor constantemente... Sua mãe saberia o que seria e o que fazer com ela, no caminho não explicou as ordens a sua tripulação, mas Chakal se recobrou e como o guardião que era lhes disse que a Capitã pagaria um salario justo pela batalha mas que se alguém fosse encontrado com qualquer peça do navio de Strondo seria morto. Dill se trancou na cabine e chorou... Ninguém podia saber que ela chorava, e ninguém a veria até o outro dia, mas agora ela não era a temida Bucaneira Dill, agora ela era a princesa Dill e pensava em seu reino, fadas, duendes, bruxas e todos os tipos de seres místicos, viviam em paz em Portdemis e se alguém tentasse fazer um massacre lá, seria rapidamente tragado pela fúria do Rei Ouro e dos seus guerreiros.

Entretanto todos sabiam que que os reinos das joias eram pacíficos e bondosos demais para poder defender-se, por isso a Divina providencia colocou cada reino detrás de um buraco negro.O único reino que sabiaa que era treinado para a guerra entre as joias era o reino dos diamantes, espadas inquebráveis faziam parte do seu arsenal e era quase impossível um ser humano matar um ser de diamante, talvez por isso não tinha visto nenhum diamante entre as joias de Strondo.

Olhou a Pérola em seu regaço e sorriu pensando no que a mãe diria se isso fosse um presente normal... Ela ficaria maluca e deixaria seu pai igual, enquanto tentasse com sua magica fazer outras perolas ficarem com o mesmo efeito, ou iria querer ter um colar de perolas pra que essa ficasse destacada no centro... Seu pai resmungaria que era um mendigo e ela iria deixa-lo ainda mais pobre, como se não fosse o rei.

Dill sorriu com o pensamento e sentiu saudades de casa, deitou na cama presa ao chão com correntes de ferro e dormiu, sem perceber que a perola que agora descansava ao seu lado se transformava em uma pessoa... Uma princesa das Perolas...

Maia Carneiro

0 comentários:

Postar um comentário

 

SimplesMente Maia e Mey Template by Ipietoon Cute Blog Design