sábado, 10 de dezembro de 2011

A Verdadeira Lenda da Perola Perdida - parte II



Dill estava feliz, os ventos estavam bons o bastante pra que ela pudesse ir com rapidez a sua ilha fantasma, tinha conseguido magia (entre ela e sua mãe) o suficiente como para esconder uma pequena ilha que tinha encontrado em sua primeira viagem e que tinha invadido e tomado algum tempo depois, sua magica não era tão forte, era somente uma pequena parte de sua herança genética, e agradecia sua mãe fada por isso, sua força física, maior do que a de qualquer mulher que tivesse conhecido, mas não o suficiente para vencer um homem grande na queda de braço, era o presente do seu pai, um ogro. De forma misteriosa a bucaneira tinha a aparência de um ser humano normal com uma pequena tendência a bipolaridade. Sorriu ao pensar na família, sua mãe, rainha Flora, era gentil com todos até o momento em que se metessem com uma de suas preciosas filhas, Seu pai Ouroboros, rei de um reino distante chamado PortDemis, apesar de sua natureza rude, amava a família e era a mão forte que apoiava sua esposa em tudo, menos durante suas, não tão raras discussões... Sua irmã... Nicy seria uma rainha perfeita e por isso mesmo Dill não se sentia culpada por deixar o reino em busca de aventuras, Nicy era implacável com os fortes e suave com os fracos, saberia conduzir o reino, mas tudo o que a filha mais nova dos reis queria era conduzir seu clipper por águas turvas ou calmas, ela amava o mar. Neste momento seus cabelos negros desciam em cachos ate a cintura dançando a sinfonia do vento, sua bandana azul da cor das velas de Jhonny Rogers impedia que eles lhe cobrissem a visão, sorriu... Parece que vinha um barco ao longe, logo reconheceu a bandeira vermelha...
_ Strondo... idiota presunçoso...
Tirou a luneta presa a bainha de sua calça e observou enquanto ele percebia sua presença, o sorriso se alargou. Ele ia morrer. E sabia disso, a excitação pela batalha começou a dominar a mente de Dill e os pensamentos ternos sobre a familia foram esquecidos.
Um guerreiro alto saiu detrás da coberta do navio e parou ao lado da princesa pirata, Guardião Chakal... Apesar do nome heroico e da personalidade sensível, iria ao inferno resgatar sua capita. Primeiro imediato e melhor amigo de Dill, ele cuidava dela até que aos treze anos ela roubara um navio, commedo do castigo real do seu pai ogro. E ai daqueles que se meteram com ela na época! Mas isso é uma outra história...
_ Chakal, disse a bucaneira impaciente
_ Sim senhorita Dill
_O que espera homem? Não mandei diminuir a velocidade.
_ Mas senhorita Dill, não acho que eles vão nos atacar...
_ E não vão. Nós vamos ataca-los...
_ Eu não gosto da ideia...
- Chakal você é muito bondoso, porque ainda está em meu navio mesmo?
­_ Porque salvei seu pescoço mais vezes que pode contar seu cérebro bipolar e porque sou seu único amigo...
_Não preciso de amigos... - Então a bucaneira ergueu a voz dizendo:
_ Vamos cabeças de Javali! Acham que são piratas? Então vamos matar uns idiotas! Em frente a todo pano!!!!
_Senhorita...
_ Aff, pare Chakal! Você me chama de senhorita e nem mesmo me obedece, faça-o pelo menos na frente da tripulação ou terei que mata-lo.
_ Algum dia vou te deixar tentar, só pra te mostrar que não consegue. Por que vai matar Strondo?
_ Porque ele é um idiota...
_ Isso é motivo pra matar alguém?
_ É o melhor motivo.
O Clipper rapidamente alcançou seu alvo que jà disparava os canhões, mas era em sua maioria bloqueado por uma barreira invisível, outro dos presentes mágicos de sua mãe...
_ Destruam os canhões - gritou a bucaneira. – Mas não danifiquem muito o barco, alguém pode compra-lo depois, estendam a ponte agora, eu quero lutar!
Uma viga foi estendida como ponte entre os dois navios e dois piratas atiravam para impedir que a lançassem no mar. Dill passou correndo para o outro barco seguida dos melhores lutadores da tripulação, Chakal a seguira e estava lutando ao seu lado, mas Dill não o via, só via a horda de homens feios e mal-cheirosos que lhe atacavam, sua espada já tinta de sangue, cortava o ar e os corpos e ela sorria. Um homem começou a se aproximar devia ser o segundo imediato, já que o primeiro estava atacando arduamente o Guardião que ria e defendia, tão relaxado como se estivesse a dançar valsa, parecia distraído... Foi quando Dill viu um homem se aproximar do seu amigo com um adaga, ia matá-lo por trás, o desgraçado.
_ Idiota – sussurrou, em seguida lançou sua espada em direção ao homem que caiu morto, segundos depois. – Chakal seu Idiota – Gritou a bucaneira furiosa. – Você e suas paixões de porto, um dia terminarão por matá-lo!
_ Relaxa senhorita Dill, cest L’amur, estava a sonhar com minha dama, prestarei atenção.
_ Aff, tolo romântico, um dia desses eu mesma te mato, economizaria a vingança.
Neste momento o homem que se aproximava a alcançou e sorrindo encostou a espada na garganta da Bucaneira...
_ O que fará agora bucaneira? Que não tem sua espada? Nunca pensei que fosse matar você. Quem é idiota agora? Ahahahaha
Enquanto o pirata continuava se gabando Dill só lamentava o mal hálito do mesmo. Puxou devagar o objeto que tinha na parte de trás do cinto, um gancho de tamanho médio em que ela tinha posto um cabo de cordas trançadas, deu um sorriso doce para o homem que se desconcertou, ele se endireitou e sorriu:
_ Talvez queira me convencer a não mata-la... Que tem a me dizer princesa?
_ Eu? Só que você esqueceu de algo...
_O que?...
O pirata gritou de susto e dor quando seu estomago foi rasgado pelo gancho afiado... olhou nos olhos da mulher como se perguntasse como ou porque, ela disse:
_ Sempre gostei de ganchos. Ahahahahahah, primeira lição querido, sou muito boa no que faço e segunda lição... Mate primeiro... – disse puxando de uma vez o gancho e destruindo o que restava da vida do homem. – Converse depois.
Chakal já chegava ao seu lado lhe entregando a espada. Ela pegou mais não olhou pra ele, estava procurando alguém...
_ Ele fugiu pra cabine, não sei como pode ser idiota o bastante pra se esconder em um lugar fechado... Como se você não fosse acha-lo...

Continua...

Presente de Helena Ribeiro. Obrigada amiga...
Maia Carneiro

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