As velas de Jhonny Rogers balançavam no ritmo do vento, hoje
não havia batalhas a travar e a Bucaneira suspirou... Por fora sua face era
tranquila e sem medo, por dentro as emoções a sufocavam de tal forma que só não
surpreenderia uma pessoa no mundo...
O Guerreiro alto e forte de aparência viking se aproximou
por trás do seu modo felino e silencioso, se Dill fosse um ser comum com
certeza teria se assustado mas havia magia em seu sangue... E ela simplesmente
suspirou outra vez ao ouvir a frase:
- Senhorita Dill, em quem estás a pensar hoje? – A pergunta
não foi respondida, e nem precisou, Guardião Chakal, seu primeiro imediato e
melhor amigo chegou mais perto e pode ver a pirata com a mão fechada em volta
de algo que pendia de uma corrente em seu pescoço...
- Entendi, a
senhorita está pensando no cigano... – Ao ouvir tal frase, a Bucaneira abriu a
mão, deixando ver a aliança que pendia da corrente de ouro
- É Chakal, estou pensando no meu marido...
- Seu marido está morto há anos Dill está na hora de esquecer...
A senhorita era só uma criança nem sabia o que era o amor...
- Eu sabia o que era o amor naquela época Chakal, hoje é que
eu não sei mais o que é. Meu coração morreu junto com o Rio...
- Não morreu não e você sabe disso, seu coração ainda está
vivo e batendo por um tal...
- Cale-se Chakal! Rio foi meu marido e foi quem me ensinou a
ser quem sou, quem me mostrou que podia sorrir e ser plenamente eu independente
de que parte de mim... Ser fada, ser ogro, ser princesa e ser pirata ou
cigana... Sou eu Chakal e ele faz parte de mim e sempre o fará... hoje fazem
quatro anos que ele morreu...
- Agora entendo... Tudo bem capitã, vamos viajar para longe
dessa vez... Te levarei a Tortuga para beber com os Flibusteiros...
- Não sei Chakal... Pensei em ir ver o Velho Luigi hoje...
- Não, não nada de ir ver os ciganos hoje, você pode vê-los
em uma semana quando voltarmos de Tortuga.
- Nunca fui a essas aguas Chakal não é meu território.
- Isso mesmo, você precisa conhecer gente nova senhorita
Dill.
- Ah, cale-se Chakal! Se quer tanto ir a Tortuga então mande
os homens seguirem pra lá... Eu vou a minha cabine e depois resolvo sobre ir
ver o ancião.
Dill não esperou resposta, seguiu para a cabine de queixo
erguido como sempre, ninguém notaria que ela sofria, ninguém, exceto Chakal e
Pérolasky notavam, quando entrou na cabine
não ficou como desejava a sós, a Princesa banida das Pérolas estava
sentada em sua cama, obviamente esperando por ela...
- Não vai me contar o motivo dessa azedura que você está?
- Não. Fora daqui
Sky...
- Mas Dill... Aposto que o Chakal sabe...
- Então porque não pergunta pra ele?
- Ele tem permissão de me dizer?
- Que seja, diga que
dei permissão pra contar o que quer que seja...
- Vou voltar quando souber...
- Ah mas não vai mesmo se quiser ficar viva...
- Hummm, ameaçando-me de morte? Não deve estar tão ruim
assim.
Um punhal voou em direção a princesa e cravou- se na parede
dois dedos acima de sua cabeça.
- Ou talvez esteja ruim assim...
Tudo bem Dill eu vou...
Dois dias depois aportavam em Tortuga casa oficial dos
piratas Flibusteiros, Dill desceu do clipper e respirou fundo o ar salgado da
Costa, estava distraída e o som de piratas lutando e lançando imprecações a sua
volta não a abalava no mais mínimo. Era assim a vida no mar. Ouviu o grito estridente
de Pérolasky e correu em direção a voz:
_ Pare Chakal! Gritava ela para o Guardião que brandia sua
espada em direção a um homem desconhecido. – Não está vendo que estamos em
território extrangeiro, não é nossa área! Vao mata-lo.
- Não se Preocupe Ma Cherri sou muito destro com a espada
ferirei a muitos antes de partir.
- Chega! – O brado da Bucaneira ecoou de forma sinistra por
toda a ilha. – Não viemos atrás de confusão Guardiao Chakal, embora nunca
despreze uma boa luta hoje você vai se conter.
- Mas senhorita, este cão sarnento ousa insultar a capita de
meu navio dizendo nunca ter ouvido falar nesta Tal Bucaneira Dill.
- Isso só quer dizer que tenho alcançado meu objetivo de
permanecer em segredo marujo. Enfim, posso saber seu nome flibusteiro?
- Me chamo Carmaux. É um Prazer Senhora... Desculpe-me mas
nunca tinha ouvido falar de uma mulher capitaneando um navio antes...
- Tudo bem marujo, logo descobrirás que não sou uma mulher
comum. E a que tripulação pertences?
- A melhor, Senhora, a Tripulação do Corsário Negro!
- E o que faz essa tripulação ser assim tão boa?
De repente fez-se ouvir uma voz estrondosa atrás de Dill:
- Talvez o fato de que o Capitao não tolera traidores, você
não é uma traidora é Senhorita?
- Senhora. E não, não sou uma traidora...
As palavras fugiram de Dill quando se virou para ver com
quem falava... Ele era talvez o pirata mais bonito que ela já havia visto, os
lábios pequenos e o nariz reto dignos do lord mais elegante contrastavam com
seus olhos negros que pareciam queimar com tal intensidade, sua barba era curta
e crespa e seus cabelos longos desciam ondulados até os ombros, Dill sentiu um
arrepio na coluna e sem desviar os olhos dos dele percebeu que ele também
parecia sentir o mesmo. Era
reconhecimento, o reconhecimento de duas pessoas que perderam o primordial em
suas vidas e continuaram a viver mesmo assim.
- Você deve ser o capitão... – Dill falou com a voz calma
como se nada estivesse revirando suas emoções.
- Sim, eu sou o
Corsário Negro e você é muito jovem para ser uma Senhora.
- Engana-se Capitão... Sou velha o suficiente para ter
enterrado um marido.
- Sinto-o muito senhora. Doença?
- Assassinio...
- Vingou-se?
- Claro que sim – Um sorriso cruel nasceu nos lábios da
Bucaneira ao lembrar de sua vingança.
- Eu perdi dois irmãos... Eramos os Flibusteiros mais
ousados de Toda a região, mas o Maldito cão Wan Guld (que sua alma padeça no
inferno) os enforcou aos dois... mas um dia consegui minha vingança...
- Que tal trocarmos essas historias enquanto tomamos umas garrafas
de Rum... Assim te falarei das terras de onde venho.
- Depois vamos lutar com uns espanhóis?
- É claro Corsário Negro... Porque não?
Maia Carneiro
parceria commeu blo o link e http://downloadsdefilmesdublados.blogspot.com.br/
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